quinta-feira, 29 de abril de 2010

"Um pouco, tanto indefinida..."



vocês não se sentem, um tanto, indefinidos??(Mafalda)

Há dias em que me sinto...
...um pouco do nada,
...um pouco de tudo,
sou um pouco de cada.
(Iara)

sábado, 24 de abril de 2010

"Vó pra quê te quero..."

Posso não ser tão obediente, e sair por ai nas viagens e encontros que me fazem tão bem, mas que te fazem ter medo, não sei direito o porque, de me perder...
Vó, te quero tanto...
você é a pessoa, que me ama nas coisas mais simples, e cuida de mim, pelo simples fato do cuidar.
Mesmo os dias em que estamos em conflito, você nunca me negou uma benção..."Deus abençoa, dorme com Deus." sinto falta quando durmo fora, de ouví-la e de me deitar do seu lado..
Acho que ainda mesmo que muitos me achem moçinha, e outros mulher, ainda sinto a necessidade de ser a sua menina...
Preciso de você...só você me chama de Lalinha pra que eu acorde ...
só você ...esquenta café com leite pra mim quando chego a noite em casa...
só você ...sabe cantar " acorda Maria bunita, acorda vem fazer o café, que o dia já tá raiando e as poliça já tão de pé..."
só você sabe passar primeiro de abril na mãe, em mim, no tio e no luis...rs
Me sinto a pessoa mais horrivél quando te faço chorar, ou quando se vai deitar, porque se sente triste com algo, me dói tanto...
quero te ver sempre sorrindo, fazendo as suas palavras cruzadas da tribuninha, contando piadas..enfim, sendo feliz!
D. Maria de seu Dezilio eu te amo, amo mesmo as vezeas sem voce me entender nas coisas em que acredito, é tanta coisa diferente agora né? e essas novelas, que mostram tanto tumulto, e que colocam em voce com medo que aconteça com a gente...
Ai mãe Maria...eu sei que a cada dia a sua vida se concentra muito na nossa casa, afinal já não é mais fácil sair em caminhada comigo pelo cantinho do céu afora.Agora vamos só na missa ali em fátima, mas mesmo assim, seu corpo cansado pede recanto, descanso...
quero te ouvir sempre, quero estar por perto e vou te amar e te sentir pra sempre..sempre...
te amo D. Maria de Seu Dezilio...minha mãezinha, minha vó...

terça-feira, 13 de abril de 2010

Pastoral JuvEntUdE


Somos diferentes, mas somos jovens...
comungamos dos sonhos ...
nos identificamos nos nossos medos...
nos fazemos em nossa historia...
juntos somos fortes...
não negamos as diferenças, mas acentuamos a busca...
buscar e formar...
acolher e ser acolhidos...
e que assim seja e permaneça!

domingo, 11 de abril de 2010

experiencia em comunidade, partilha e fé...

RAP da Silva

Todo mundo devia nessa história se ligar
por que tem muito amigo que vai pro baile dançar,
Esqueçer os atritos, deixar a briga pra lá
E entender o sentido quando o dj detonar

(Solta o rap Dj)

(Refrão)
Era só mais um silva que a estrela não brilha
Ele era funkeiro mais era pai de família (2x)

Era um domingo de sol, ele saiu de manhã
Para jogar seu futebol, deu uma rosa para a irmã
deu um beijo nas crianças prometeu não demora
Falou para sua esposa que ia vim pra almoçar

Mais era só mais um silva que a estrela não brilha
ele era Funkeiro mas era pai de família (2x)

Era trabalhador, pegava o trem lotado
Tinha boa vizinhança, era considerado
Todo mundo dizia que era um cara maneiro
Outros o criticavam porque ele era funkeiro

O funk não é motivo, é uma necessidade
É pra calar os gemidos que existem nessa cidade
Todo mundo devia nessa historia se ligar
Porque tem muito amigo que vem pro baile dança
esquecer os atritos, deixar a briga pra lá
E entender o sentido quando conseguiu detonar

(Refrão)

E era só mais um silva que a estrela não brilha
ele era funkeiro, mas era pai de família (2x)

E anoitecia, ele se preparava, para curtir o seu
baile, que em suas veias rolava, foi com a melhor
camisa, tênis que comprou soado, e bem antes da hora
ele já estava arrumado, se reuniu com a galera, pegou
o bonde lotado, os seus olhos brilhavam, ele estava animado,
Sua alegria era tanto, ao ver que tinha chegado, foi
o primeiro a descer, e por alguns foi saldado
mas naquela, triste esquina, um sujeito apareceu
com a cara amarrada, sua mão estava um breu,
carregava um ferro em uma de suas, mãos
apertou o gatilho sem dar qualquer explicação
e o pobre do nosso amigo, que foi pro baile
curtir, hoje com sua família, ele não irá
dormir!

Porque era só mais um silva que a estrela não brilha
Ele era funkeiro mais era pai de família (2x)

Mas naquela, triste esquina, um sujeito apareceu
com a cara amarrada, sua mão estava um breu,
carregava um ferro em uma de suas, mãos
apertou o gatilho sem dar qualquer explicação
e o pobre do nosso amigo, que foi pro baile
curtir, hoje com sua família, ele não irá
dormir!
Porque era só mais um silva que a estrela não brilha
Ele era funkeiro mais era pai de família (5x)


Experiencia em comunidade, partilha e fé

Hoje tivemos a primeira reunião do grupo de jovens no bairro , estou aqui entre mil pensamentos, dentre eles, o de como foi essa experiência que tivemos hoje...
Quando preparamos a reunião sabíamos que os desafios viriam, e que trabalhariamos com jovens que convivem com a sua marginalização, mas o que eu só pensava, hoje senti muito forte.
decidimos passar nas casas pra chamar para a reunião , e pela rua Sao Pedro afora, fomos convidando quase todos os jovens que viamos, recuamos a nos deparar com cerca de quatro jovens drogados numa esquina, ficamos com medo de não saber como trabalhar com eles, e realmente não sabemos, me senti extremamente impotente e percebi como sou distante a tudo isso que causa a morte da juventude...
fomos subindo e conseguimos que quatro garotas participassem conosco do grupo, enquanto iamos descendo para a escola, onde acontece a reuniao,uma delas começou a perguntar:
mas e ai como é esse grupo? não tem patricinha né?tem gente rica? é só gente branca?
minha amiga e eu, brancas e meio loiras, nos sentimos desconcertadas, sem saber muito o que dizer,mas eu sentia o porque dessas perguntas, via o sentimento de dor causado por se sentirem inferiores, por serem colocadas assim, era uma tentativa de se reconhecerem, se há esse fechamento, é porque sofrem.
conversamos e tentamos passar como somos jovens também, e até que as conversas rolaram, mas quando não era o receio da diferença de cor e vivencia, era o medo de nos ofender, era como se nós por sermos um grupo da igreja fossemos bons e perfeitos e elas pecadoras, tinham medo até de falar sobre as festas e o que gostavam de fazer.Fomos buscando quebrar esse abismo inventado nao por elas, mas que nos separava...
Durante a reunião algumas coisas não sairam como planejamos na metodologia, como no caso da música, que escolhemos o "rap da silva" lemos a letra, foi uma boa escolha, todos a sabiam, mas não quizeram cantar, criamos debates em cima da musica, falamos sobre trabalho e como nos projetamos nisso, duas meninas querem ser pediatras, uma quer ser advogada e uma nao sabe o que quer ainda, o que é bem comum, ainda mais pelos 12 anos de idade.
doze anos que guardam muitas experiencias,das quais percebemos pelos comentarios paralelos entre elas...
meu professor willer disse uma vez em aula, que há coisas que nos são vedadas, quando chegamos a um lugar que não conhecemos, somos tratados como estrangeiros e nem tudo nos é falado, se fala o que acha que deve ser falado e não o que é. E as meninas me comprovaram isso hoje, nosso debate passou até pela questao das drogas e percebemos que algumas delas já usam, e essa moçinha de doze anos é a que mais está envolvida. Não sabia como reagir, mas minha atitude foram tentativas de acolher, mesmo que não saiba como a melhor forma de fazer isso,não me acho no direito de julgar e espero atraves da fé no trabalho que iniciamos que o Deus da vida nos guiará! claro que vai ser preciso estudo, dedicaçao e trabalho. Deus atua no nosso esforço e na vontade de construção do reino.
Uma das meninas disse que há jovens que usam drogas para que os pais se importem mais com eles, mas que mesmo assim, com um amigo seu não deu certo....
assim eu via em cada frase e expressao que faziam, como eu realmente não conhecia a minha comunidade...
sei que não se sentiram muito bem na reunião, tivemos que fazer com pressa atropelando o que tinhamos planejado, quando falamos sobre o funk atraves da musica e como somos discriminados quando o expressamos, a conversa começou a caminhar...somos convidados a fazer o exercicio de nos colocar no lugar desses jovens com quem começamos a trabalhar...é um grande desafio, mas nos identificamos apesar das diferenças, espero de todo coração que o grupo se fortaleça e que traga frutos a essa luta que nos propomos.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

31/3/2010
Risco de jovem negro ser morto é 130% maior, revela Mapa da Violência

O risco de um jovem negro ser vítima de homicídio no País é 130% maior que o de um jovem branco, segundo o Mapa da Violência - Anatomia dos Homicídios no Brasil, estudo que compreende o período de 1997 a 2007 e que está sendo divulgado nesta terça em São Paulo pelo Instituto Sangari, com base nos dados do Subsistema de Informações de Mortalidade do Ministério da Saúde.

A reportagem é da Agência Estado, 30-03-2010.

A desigualdade entre as duas populações, que já era expressiva, aumentou de forma assustadora em cinco anos. Em 2002, morria 1,7 negro entre 15 a 24 anos para cada jovem branco da mesma faixa etária. Em 2007, essa proporção saltou para 2,6 para 1.

O abismo entre os índices de homicídio é resultado de duas tendências opostas. Nos últimos cinco anos, o número de mortes por assassinato entre a população jovem branca apresentou uma redução significativa: 31,6%. Entre negros, o movimento na direção contrária, um aumento de 5,3% das mortes no período. "Brancos foram os principais beneficiados pelas ações realizadas de combate à violência. Temos uma grave anomalia que precisa ser reparada", diz Julio Jacobo, autor do estudo.

O trabalho revela que em alguns Estados as diferenças de risco entre as populações são ainda mais acentuadas. Na Paraíba, por exemplo, o número de vítimas de homicídio entre negros é 12 vezes maior do que o de brancos. Em 2007, a cada cem mil brancos eram registrados 2,5 assassinatos. Entre a população negra, no mesmo ano, os índices foram de 31,9 homicídios para cada cem mil.

"As diferenças sempre foram históricas no Estado. Mas as mudanças nesses últimos cinco anos foram muito violentas", avalia Jacobo. Paraíba seguiu a tendência nacional: foi registrada a redução do número de vítimas entre brancos e um aumento do número de assassinatos entre negros.

Pernambuco vem em segundo lugar: ali morrem 826,4% mais negros do que brancos. Rio de Janeiro ocupa a 13ª posição, com porcentual de mortes entre negros 138,7% maior do que entre brancos. São Paulo vem em 21º lugar, onde morrem 47% mais negros do que brancos. O Paraná é o único Estado do País onde a população branca apresenta maior risco de ser vítima de homicídio - proporcionalmente morrem 36,8% mais brancos do que negros.

População masculina

A esmagadora maioria dos assassinatos no País ocorre entre a população masculina. Em 2007, 92,1% dos homicídios foram cometidos contra homens. Na população de jovens, essa proporção foi ainda maior: 93,9%. O Espírito Santo foi o Estado que apresentou maior taxa de homicídios entre mulheres: 10,3 por cem mil, seguida de Roraima, com 9,6. O Maranhão foi o Estado com o menor indicador. Foram registradas 1,9 morte a cada cem mil mulheres.

O estudo conclui ainda que não é a pobreza absoluta, mas as grandes diferenças de renda que forçam para cima os índices de homicídio no Brasil. O trabalho fez uma comparação entre índices de violência de vários países com indicadores de desenvolvimento humano e de concentração de renda. "Claro que as dificuldades econômicas contam. Mas o principal são os contrastes, a pobreza convivendo com a riqueza", afirma Jacobo.

sábado, 3 de abril de 2010

Iaras

Essa é a Iara Iavelberg, companheira do Lamarca.Uns dizem que se suicidou, outros que foi morta.O fato é que foi uma grande revolucionária e buscou mudanças. Em suas histórias é dito que ao mesmo tempo que lutava contra o sistema, era uma mulher que amava muito, era considerada por alguns solta demias e tinha ela lá seus conceitos sobre relacionamento e posse.
Sei que entre a Iara Cassia e esse Iara há diferenças, mas concerteza menos do que as com a Iara sereia, aquela do folclore, com sua suave voz e beleza encantadora, coisas que não fazem parte de mim e que não me identifico e na prcura da menor das semelhanças, há a frustação, afinal nem nadar eu sei...