
vocês não se sentem, um tanto, indefinidos??(Mafalda)
Há dias em que me sinto...
...um pouco do nada,
...um pouco de tudo,
sou um pouco de cada.
(Iara)
...viver da arte de ser jovem, ...viver da arte de não se conformar, ...viver da arte de aprender a amar, ...viver da arte de desenhar, ...viver da arte do descobrir...
Todo mundo devia nessa história se ligar
por que tem muito amigo que vai pro baile dançar,
Esqueçer os atritos, deixar a briga pra lá
E entender o sentido quando o dj detonar
(Solta o rap Dj)
(Refrão)
Era só mais um silva que a estrela não brilha
Ele era funkeiro mais era pai de família (2x)
Era um domingo de sol, ele saiu de manhã
Para jogar seu futebol, deu uma rosa para a irmã
deu um beijo nas crianças prometeu não demora
Falou para sua esposa que ia vim pra almoçar
Mais era só mais um silva que a estrela não brilha
ele era Funkeiro mas era pai de família (2x)
Era trabalhador, pegava o trem lotado
Tinha boa vizinhança, era considerado
Todo mundo dizia que era um cara maneiro
Outros o criticavam porque ele era funkeiro
O funk não é motivo, é uma necessidade
É pra calar os gemidos que existem nessa cidade
Todo mundo devia nessa historia se ligar
Porque tem muito amigo que vem pro baile dança
esquecer os atritos, deixar a briga pra lá
E entender o sentido quando conseguiu detonar
(Refrão)
E era só mais um silva que a estrela não brilha
ele era funkeiro, mas era pai de família (2x)
E anoitecia, ele se preparava, para curtir o seu
baile, que em suas veias rolava, foi com a melhor
camisa, tênis que comprou soado, e bem antes da hora
ele já estava arrumado, se reuniu com a galera, pegou
o bonde lotado, os seus olhos brilhavam, ele estava animado,
Sua alegria era tanto, ao ver que tinha chegado, foi
o primeiro a descer, e por alguns foi saldado
mas naquela, triste esquina, um sujeito apareceu
com a cara amarrada, sua mão estava um breu,
carregava um ferro em uma de suas, mãos
apertou o gatilho sem dar qualquer explicação
e o pobre do nosso amigo, que foi pro baile
curtir, hoje com sua família, ele não irá
dormir!
Porque era só mais um silva que a estrela não brilha
Ele era funkeiro mais era pai de família (2x)
31/3/2010 | |
![]() | Risco de jovem negro ser morto é 130% maior, revela Mapa da Violência |
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O risco de um jovem negro ser vítima de homicídio no País é 130% maior que o de um jovem branco, segundo o Mapa da Violência - Anatomia dos Homicídios no Brasil, estudo que compreende o período de 1997 a 2007 e que está sendo divulgado nesta terça em São Paulo pelo Instituto Sangari, com base nos dados do Subsistema de Informações de Mortalidade do Ministério da Saúde. A reportagem é da Agência Estado, 30-03-2010. A desigualdade entre as duas populações, que já era expressiva, aumentou de forma assustadora em cinco anos. Em 2002, morria 1,7 negro entre 15 a 24 anos para cada jovem branco da mesma faixa etária. Em 2007, essa proporção saltou para 2,6 para 1. O abismo entre os índices de homicídio é resultado de duas tendências opostas. Nos últimos cinco anos, o número de mortes por assassinato entre a população jovem branca apresentou uma redução significativa: 31,6%. Entre negros, o movimento na direção contrária, um aumento de 5,3% das mortes no período. "Brancos foram os principais beneficiados pelas ações realizadas de combate à violência. Temos uma grave anomalia que precisa ser reparada", diz Julio Jacobo, autor do estudo. O trabalho revela que em alguns Estados as diferenças de risco entre as populações são ainda mais acentuadas. Na Paraíba, por exemplo, o número de vítimas de homicídio entre negros é 12 vezes maior do que o de brancos. Em 2007, a cada cem mil brancos eram registrados 2,5 assassinatos. Entre a população negra, no mesmo ano, os índices foram de 31,9 homicídios para cada cem mil. "As diferenças sempre foram históricas no Estado. Mas as mudanças nesses últimos cinco anos foram muito violentas", avalia Jacobo. Paraíba seguiu a tendência nacional: foi registrada a redução do número de vítimas entre brancos e um aumento do número de assassinatos entre negros. Pernambuco vem em segundo lugar: ali morrem 826,4% mais negros do que brancos. Rio de Janeiro ocupa a 13ª posição, com porcentual de mortes entre negros 138,7% maior do que entre brancos. São Paulo vem em 21º lugar, onde morrem 47% mais negros do que brancos. O Paraná é o único Estado do País onde a população branca apresenta maior risco de ser vítima de homicídio - proporcionalmente morrem 36,8% mais brancos do que negros. População masculina A esmagadora maioria dos assassinatos no País ocorre entre a população masculina. Em 2007, 92,1% dos homicídios foram cometidos contra homens. Na população de jovens, essa proporção foi ainda maior: 93,9%. O Espírito Santo foi o Estado que apresentou maior taxa de homicídios entre mulheres: 10,3 por cem mil, seguida de Roraima, com 9,6. O Maranhão foi o Estado com o menor indicador. Foram registradas 1,9 morte a cada cem mil mulheres. O estudo conclui ainda que não é a pobreza absoluta, mas as grandes diferenças de renda que forçam para cima os índices de homicídio no Brasil. O trabalho fez uma comparação entre índices de violência de vários países com indicadores de desenvolvimento humano e de concentração de renda. "Claro que as dificuldades econômicas contam. Mas o principal são os contrastes, a pobreza convivendo com a riqueza", afirma Jacobo. |